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Qual a relação entre obesidade e o risco de câncer

Apontada como uma doença na qual o paciente apresenta acúmulo patológico de tecido gorduroso, a obesidade está diretamente associada a problemas cardíacos e doenças como diabetes. Recentemente, porém, diversos estudos têm apontado que também há uma relação entre obesidade e o risco de câncer.

De acordo levantamentos feitos pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard, a obesidade pode ser considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer. Entenda melhor a seguir.

Qual a relação entre obesidade e o risco de câncer? 

O câncer é definido como o crescimento desordenado e acelerado de células anormais, em uma determinada região do corpo. Há diferentes aspectos que relacionam a obesidade e o risco de câncer, uma vez que a condição favorece a proliferação de células, o que inclui os tecidos malignos. 

O acúmulo de gordura corporal leva o organismo a um estado de inflamação crônica que altera os mediadores bioquímicos que são secretados na circulação, favorecendo o crescimento celular. Em geral, obesos também apresentam maiores níveis de insulina no sangue, o que também estimula a proliferação das células. 

Por fim, a presença de células gordurosas no organismo também provoca desequilíbrios hormonais que estão diretamente relacionados ao desenvolvimento de tumores de mama, ovário, próstata e endométrio. É possível concluir, portanto, que existe uma relação direta entre obesidade e o risco de câncer.

Quais tumores estão relacionados à obesidade?

A obesidade causa alterações no organismo, e está relacionada a diversos problemas de saúde. No que diz respeito especificamente à relação entre obesidade e o risco de câncer, é possível destacar como alguns dos principais tumores malignos associados ao excesso de gordura corporal são: 

  • Adenocarcinoma (câncer de esôfago);
  • Câncer de estômago;
  • Tumor maligno de pâncreas;
  • Câncer pâncreas;
  • Mieloma múltiplo;
  • Câncer de mama em mulheres na pós-menopausa;
  • Câncer de intestino (cólon e reto);
  • Câncer de vesícula biliar;
  • Câncer de fígado;
  • Câncer nos rins;
  • Câncer de ovário e endométrio;
  • Meningioma;
  • Câncer de tireoide. 

Alguns cânceres raros, como o colangiocarcinoma, também têm relação direta com a obesidade. Este tumor maligno de vias biliares está associado à presença de cálculos biliares e alterações hormonais, ambos causados pelo excesso de peso e gordura corporal.

Prevenção do câncer e combate a obesidade 

Levando em conta a relação entre a obesidade e o risco de câncer, se torna essencial adotar atitudes para prevenir o desenvolvimento dos tumores malignos. Cuidados como mudar os hábitos alimentares e iniciar a prática de atividades físicas estão entre as principais medidas a serem adotadas por quem deseja reduzir os riscos que a obesidade oferece à saúde. 

O acesso à informação e a criação de ações de conscientização por parte dos governantes também favorecem bastante a adoção de medidas preventivas em relação aos fatores que aumentam as chances do desenvolvimento de tumores. Também é importante que as pessoas passem a acompanhar mais sua saúde geral por meio de avaliações médicas periódicas. 

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