O ronco é a vibração das vias aéreas (do nariz e da garganta) em decorrência de uma dificuldade da passagem do ar. Depois dos 40 anos de idade, estima-se que aproximadamente 4 de cada 10 pessoas roncam; e depois dos 60 anos de idade esse número cresce para 6 de cada 10 pessoas. Apesar de bem comum, o ronco merece ter mais atenção quando começa a provocar as “quebras” frequentes do sono. Conheça o Sonofix.
O ronco está ligado ao relaxamento de uma das musculaturas que temos na região da nossa garganta. Por isso, tudo que altera o funcionamento normal dessa musculatura pode ser então considerado como fator de risco para o ronco, como:
- Envelhecimento.
- Obesidade.
- Dormir de barriga para cima.
- Consumir bebidas alcoólicas próximo ao horário do sono.
- Medicamentos com relaxante muscular (podem relaxar demais a musculatura da garganta enquanto estiverem em seu uso).
- Ter o queixo retro posicionado (para trás).
- Ter as amígdalas e adenóides grandes.
O ronco também costuma ser bem mais comum nos homens do que nas mulheres. “Os hormônios femininos formam um tipo de proteção totalmente natural dessa musculatura da garganta”. “Enquanto os homens já começam a roncar por volta dos 40 anos de idade, as mulheres normalmente começam a roncar depois dos 50 anos, quando as oscilações hormonais aumentam”.
Crianças e adolescentes também podem roncar, embora isso seja menos comum. Entre eles, o ronco ocorre principalmente pelos fatores físicos, como as amídalas e adenóides grandes e o congestionamento nasal.
Prejuízos na saúde relacionados ao ronco
Apesar de a maioria das pessoas não perceber isso, o ronco tende a atrapalhar muito o sono, provocando sintomas como cansaço, sonolência, irritação, dificuldade de raciocínio e perda de reflexo ao longo do seu dia.
O sono ruim também interfere na sua leptina que é um dos hormônios responsáveis pela regulação da sua saciedade, o que pode fazer com que a pessoa passe a comer bem mais e engorde. O ideal mesmo é dormir de 7 a 8 horas, ininterruptas, todas as noites.
Outro problema de saúde bem relacionado ao ronco é a apneia. Esse distúrbio consiste no fechamento total das suas vias aéreas durante o sono, fazendo com que a pessoa tenha pequenas pausas respiratórias. “A respiração acaba parando muitas vezes por períodos superiores a dez segundos, e a pessoa se mexendo na cama, suspirando bem fortemente e fazendo caretas’’.
Ao provocar essa falta de ar, a apneia do sono impulsiona o seu organismo a lançar mais adrenalina no sangue, aumentando então a pressão arterial e a resistência à insulina. Ou seja, as pessoas com apneia têm uma maior tendência a desenvolver hipertensão e diabetes, aumentando assim o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Se você sente um ou mais desses sintomas relacionados a noites mal dormidas, procure ajuda médica. O exame de polissonografia, é capaz de registrar e comparar as diferentes variáveis biológicas durante o sono e auxiliar no seu diagnóstico e no acompanhamento de várias condições clínicas.
Entre elas, o ronco, a apneia, os distúrbios ventilatórios e respiratórios, todas as alterações nos movimentos durante o sono, a epilepsia noturna e o sonambulismo. Nesse exame, o paciente dorme com os sensores fixados no corpo, que permitem o registro dessas disfunções do seu organismo.
Os cuidados contra o ronco e a apneia dependem muito do grau de obstrução das vias aéreas. Em muitos dos casos, pode ser indicada apenas a eliminação do fator principal causador do problema, como a perda de peso, a redução do consumo de álcool à noite ou reposicionamento corporal ao dormir (indica-se sempre dormir de barriga para baixo ou de lado).
Este artigo foi produzido pelos redatores do Premio Educação e Cruzeiro do Sul