Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas recorrem ao uso de um medicamento chamado sibutramina.
Apesar de ser proibido em diversos países e ter sido citado em uma determinação de 2021 do Supremo Tribunal Federal que barrava a comercialização e o consumo de medicamentos do tipo, esse inibidor de apetite ainda possui registro ativo junto à Anvisa e segue sendo vendido e consumido em território nacional.
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o que é sibutramina e para que serve.
Continue a leitura e confira os principais tópicos do assunto!
- Como tomar sibutramina?
- Perigos da sibutramina: quais os efeitos colaterais?
- Contraindicações: o que não pode fazer tomando sibutramina?
- Quem não pode tomar sibutramina?
Sibutramina: o que é e para que serve?
Cloridrato de sibutramina, ou simplesmente sibutramina, é um medicamento que foi desenvolvido para ajudar pacientes com quadro de obesidade a emagrecer.
Trata-se de um fármaco inibidor de apetite que age de forma a nos dar maior sensação de saciedade, além de acelerar a capacidade metabólica – o que favorece a perda de peso em menos tempo.
Vendida inicialmente com o nome comercial Reductil®, a sibutramina não é mais comercializada com o rótulo desse fabricante. Isso porque, conforme veremos mais à frente, diferentes estudos apontaram que o medicamento pode potencializar o surgimento de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
Contudo, você ainda pode encontrar a sibutramina com os nomes comerciais Sibus, Vazy, Biomag ou Sigran. Há também a forma genérica desse medicamento, vendida com o nome de cloridrato de sibutramina monoidratado.
Como tomar sibutramina?
Esse inibidor de apetite é vendido em cápsulas de 10 ou 15 mg. Para aumentar sua saciedade e reduzir a vontade de comer, geralmente, os médicos prescrevem uma cápsula por dia, antes ou depois de uma refeição – de preferência pela manhã.
Recomendada para pacientes obesos, com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 kg/m², a sibutramina só deve ser administrada conforme prescrição médica.
Na verdade, assim como os antibióticos, esse fármaco apenas pode ser dispensado nas farmácias mediante apresentação e retenção de receita médica.
Inicialmente, o profissional especializado costuma prescrever a ingestão de 1 cápsula diária de 10 mg. Espera-se que, com essa dose, o paciente consiga emagrecer algo em torno de 2 kg no primeiro mês de uso do medicamento.
Caso o desempenho esteja abaixo do esperado, o médico pode sugerir aumentar a dose diária para 15 mg.
Se esquecer de tomar a pílula no horário prescrito pelo médico, você deverá administrar o medicamento assim que lembrar. Porém, caso falte pouco tempo para tomar aquela que seria a próxima dose, você deverá ingerir apenas a pílula de hoje. Ou seja, em hipótese alguma você deve tomar duas cápsulas como forma de “compensar” aquela que não tomou no dia anterior.
É muito importante salientar que o paciente não deve ingerir mais do que 15 mg por dia de sibutramina. Se, após 4 semanas ingerindo essa quantidade, o paciente não apresentar resultados expressivos, o tratamento com esse fármaco deve ser interrompido para evitar comprometer a saúde cardiovascular.
Além disso, vale a pena pontuar que o tempo de duração total do tratamento com sibutramina para obesidade não deve ser superior a 2 anos.
Durante todo esse período, o paciente precisa ter o acompanhamento de um médico para que seja feito o devido controle do emagrecimento, da pressão arterial e do surgimento de possíveis efeitos colaterais que vamos citar no tópico a seguir.
Perigos da sibutramina: entenda os efeitos colaterais
Conforme já mencionamos, existem estudos que apontam certos efeitos colaterais em pacientes que fazem uso de cápsulas de sibutramina. Dentre os principais perigos da sibutramina, destacam-se o surgimento de doenças cardiovasculares – principalmente entre pacientes que já apresentam tendência a desenvolvê-las.
Acontece que o cloridrato de sibutramina é uma substância que tem o poder de elevar os níveis de serotonina e noradrenalina no nosso organismo. Em paralelo, esse fármaco influencia o desempenho do nosso sistema cardiovascular.
Aliás, a sibutramina pode interferir no aumento da frequência dos nossos batimentos cardíacos e na pressão arterial a partir da contração dos vasos sanguíneos. Isso eleva o risco de você ter um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC).
A seguir, listamos alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com a sibutramina, especialmente no primeiro mês:
- prisão de ventre;
- boca seca;
- insônia;
- palpitações e dores no peito;
- ondas de calor;
- suor intenso;
- formigamento;
- náuseas;
- visão turva;
- ansiedade;
- alterações no paladar;
- dor de cabeça.
Adicionalmente, a sibutramina pode desencadear uma reação alérgica, como vermelhidão, coceira, sensação de que a garganta está fechada e inchaço da boca e do rosto.
Por isso, é indispensável que o uso desse medicamento seja feito apenas sob prescrição e acompanhamento médico.
Contraindicações: o que não pode fazer tomando sibutramina?
Existem algumas coisas que quem toma esse inibidor de apetite não pode fazer. Por exemplo, não é recomendado combinar fluoxetina e sibutramina.
Isso porque ambos os fármacos estimulam a liberação de serotonina. Quando em excesso, o paciente pode desencadear um quadro conhecido como síndrome serotoninérgica.
E o resultado desse excesso inclui efeitos como:
- delírios;
- ansiedade;
- diarreia;
- vômitos;
- tremores;
- rigidez muscular.
Além da fluoxetina, outros medicamentos que não devem ser administrados enquanto você estiver fazendo uso de sibutramina são:
- isocarboxazida;
- fenelzina;
- tranilcipromina.
O ideal é que você espere cerca de duas semanas após o término do tratamento com a sibutramina para dar início ao uso desses outros medicamentos.
Quem não pode tomar sibutramina?
Devido aos riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e possíveis efeitos colaterais da sibutramina, não é qualquer pessoa que pode tratar a obesidade com esse medicamento.
Os grupos que devem evitar usar essa substância são:
- crianças e adolescentes;
- pessoas com mais de 65 anos;
- grávidas e lactantes;
- pessoas com IMC inferior a 30 kg/m²;
- diabéticos;
- hipertensos;
- pessoas com distúrbios alimentares (anorexia ou bulimia);
- fumantes.
E então, o que achou desse nosso guia completo sobre sibutramina? Se ainda ficou alguma dúvida sobre o medicamento, escreva nos comentários que vamos tentar responder o quanto antes.
Este artigo foi escrito por Memed, um ecossistema da saúde que conecta pacientes e médicos para aumentar a adesão ao tratamento, além de possibilitar a economia na compra de medicamentos e itens para cuidados pessoais.
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